terça-feira, 23 de junho de 2009

Sobre o que estou lendo. (parte 2)

Camila Oliveira. E todo mundo acreditava MESMO que éramos irmãs.
Quando a gente lê, entende. Mas quando lê e gosta, sente. Eu sinto muito do que ela escreve, e esse é o texto de autoria dela que mais me faz sentir. É quase como se escrevêssemos juntas.
PS.: Eu sei que você odeia essas fotos do século passado. Eu também as odeio, mas amo você. Então tudo fica bem.

Seios Jovens

Escrever, ler, viajar, fotografar e amar: Viver! Já disse para o mundo que eu quero é viver. Vem uma resposta, muda, mas feroz, na primeira. Depois, ele pergunta: Viver o quê? Do quê? Livros, romances, estradas. Ele devolve asperamente: depois da graduação poderá viver.
A história da minha vida não tem um centro, mas tem um caminho. Já contei alguma coisa sobre ela. Eu queria mesmo era parar de falar somente dos momentos esclarecidos, partir para os momentos secretos, das coisas que ocultei sobre certos fatos, certos sentimentos. Começamos sempre a escrever num ambiente que nos obriga ao pudor: escola. Escrever, pra eles, é ainda moral. Pra mim, às vezes, pode não significar nada. Por vezes sei disto: A partir do momento em que não for, confundida todas as coisas, ir ao sabor da vaidade e do vento, escrever é nada. Quando não for, sempre, a confusão de todas as coisas numa única por essência tosca, escrever é publicidade. Mas na maioria das vezes não tenho opinião sobre isso, vejo que tudo é aberto. Só quero não ter muros. Que a palavra escrita não se esconda. E sua inconveniência seja respeitada.Ah! Sei não. Foi. São. Dezessete anos e três quartos. Corpo assim. Seios jovens. Pintada de rosa-pálido, vida Negra. Nessas roupas minhas que podem provocar riso, mas das quais ninguém ri. Me encontro num dilema de 4. 4 escolhas. Todas ao resto da vida refletirão.Observo as mulheres do ônibus e do metrô. São belíssimas, cuidadosas consigo. Meu Deus do céu!! Belo não é isso. Não tem que fazer nada, apenas preservar-se (conversa de vó sabida). Sei que o problema não está aí, não sei onde está. Sei apenas que não é onde pensam. Não é preciso estimular o desejo. Já está presente desde o primeiro olhar ou não será nunca. É a percepção imediata de um relacionamento de sexualidade ou não é nada. E sei disso há tempos. Antes de tudo.






2 comentários:

Aurélio Giesbrecht Artioli disse...

Queria eu viver na ilha mental da anarquia moral.

Camila Lua Oliveira disse...

Moral, bláblá.

Enfim, Raaaaaaaaaaaaaaaaaaafa!
MORRI/

O que é isso cara?
Nunca que eu esperava. E é mentira, que lê seus textos sou. E pra tanto eu sempre fico SEM PALAVRAS. Seus textos ficam dentro do meu consciente vagando por dias! Me libertas inúmeras vezes.

Eu te amo!!! Brigada por eu parecer contigo.