domingo, 29 de julho de 2007

Talvez possamos ficar.

Se um dia Papai do céu mandar um marido pra mim, gostaria de escutar essa música no meu casamento. (estranho dizer isso¬¬)


WATER UNDER THE BRIDGE
Água debaixo da ponte



I do not love you the way I did when we met
Eu não lhe amo como amei quando nos encontramos
There are secrets and arguments I haven't finished yet
Há segredos e argumentos que ainda não concluí
But it's only that grace has outived our regrets
Acontece que a graça sobreviveu a nossos lamentos
We're still here
Ainda estamos aqui

Maybe we can stay
Talvez possamos ficar

'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água corra por debaixo da ponte
We can stay
Podemos ficar
'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água flua por debaixo da ponte

There are times meant for breaking
Há momentos que são para a separação
And words to ignore
Palavras para se ignorar
And a bent to our soulse
Para nossas almas o prostar-se
When our skin is at war
Quando nossa pele está em guerra
If leaving were freedom
Se partir significasse liberdade
Well, we'd both walk right out of that door
Bem, nós dois então sairíamos por aquela porta


Maybe we can stay
Talvez ainda possamos ficar
'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água corra por debaixo da ponte
We can stay
Podemos ficar
'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água flua por debaixo da ponte
And the years roll bye
Os anos passam
And you hold my hand
E você segura a minha mão
While the shadows stretch over the land
Enquanto as sombras se estendem pela terra
Crumble and fall in my arms
Diminua-se e caia em meus braços
And we'll struggle to hold one
Lutaremos para aguentarmos firmes
Waters, they riseas
Águas, elas sobem
And they carry our hopes and our dreams away
E elas levam as nossas esperanças e os nossos sonhos embora

Baby, we can stay, stay
Baby, podemos ficar, ficar
And the years roll bye
Os anos passam
And you hold my hand
E você segura a minha mão
And the shadows stretch over the land
As sombras se estendem pela terra

Baby, we can stay
Baby, podemos ficar

'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água corra por debaixo da ponte
We can stay
Podemos ficar
'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água corra por debaixo da ponte
We can stay
Podemos ficar
'Til the last drop of water flows under the bridge
Até que a última gota d'água corra por debaixo da ponte



[Jars of Clay]

sábado, 28 de julho de 2007

Saudade

Últimos dias de férias, e finalmente fiz algo.
Andei de bicicleta até o fim da quadra (onde dá pra ter uma visão liiinda de Taguatinga), sentei lá e fiquei escutando Matisyahu enquanto pensava na vida.
Voltei pra casa, dormi e voltei a fazer as minhas famosas pulseirinhas e cordões... Ah, bijuteria me acalma...
Aproveitando meu tempo, escrevendo, lendo...
Visitei a vovó hoje, visitei a velha casa, a velha cidade que antes parecia tanto comigo. Eu me fui e ficou um pedacinho de mim lá, e eu trouxe um pedacinho pra cá também. Ruim é pensar que o povo que eu via direto na rua e na igreja estão longe de mim, e pior ainda é ser uma visita na casa deles. ù.ú
E quando a gente (era?) criança, brincava lá na frente de casa de pique bandeira, queimada... Ah, era legal. Ficávamos com os pés sujos, roubávamos manga de uma casa abandonada na frente da minha, apostávamos corrida. E minha mãe sempre gritando com os meninos: CUIDAAAAADO!!!
Agora pensando como a vida é curta... Quem sou eu pra dizer isso? Apenas 15 anos nas costas. Sinto saudade daquele tempo, do cheirinho da terra molhada e a vista da janela do meu quarto, do pé de abacate, das conversas no do portão, da piscina de criança que a gente dava hiper saltos, dos meus banhos solitários de chuva, do brigadeiro na panela, do quintal molhado e dos nossos tombos, da cadela que morreu de pneumonia, do teto... Ele é diferente do teto da casa atual que nas minhas crises vivia escutando "Yesterday"... A água da chuva escorria pela janela, eu abria e deixava a chuva cair no meu rosto, saudade da cerâmica desigual, da pintura amarela (que eu odiava), da porta que não fechava, da varanda, das três cadeiras que ficavam lá, da casinha do cachorro, dos pôsters na quarto trazidos pelo meu Tio Ricardo (saudades dele que se foi também), dos amores, das amizades (que infelizmente não duraram) do café que esfriou enquanto eu esperava por alguém... O bolo virou biscoito, a pipoca virou borracha, a coca-cola perdeu o gás, e essa pessoa não veio.
Casa que trás lembranças... E saudade.
Meu Tio, ah meu tio... Doía falar dele. A morte sempre dói. O que mais me doeu foi esperar ele voltar do hospital pra eu poder dizer pra ele que nos havia passado um susto, e chamar ele de feio, bater nele e dizer que ele fingiu ter um desmaio, porque nem doente ele estava... Mas ele não pôde voltar. Até hoje não se sabe o que causou a morte dele. Ele estava deitado no sofá, suspirou, desmaiou... Foi pro hospital, depois desse dia não o vi mais, nem me lembro de como foram os dias depois deste, era 30 de junho, eu acho. Não queria falar com ninguém, nem queria dormir no meu quarto, ia pro colégio, mas eu estava dormente, estática. Meu aniversário passou e eu não pude vê-lo lá pra me zuar, ele também não pôde comemorar o próprio aniversário de 24 anos.

Ele dizia: "Você é um monstro!" com a voz fina do biscoitinho do filme do Sherek, criticava as minhas músicas, escutava RAP =P... Aquela casa também tem a cara dele, boa época em que ele veio morar conosco.
A gente se pergunta e se admira como a vida muda.
É assim que se aprende, a gente cesce, a vida passa.

sábado, 21 de julho de 2007

Crazy times.





Essas férias têm sido sedentárias.

TV, cama, sofá, pc, TV, cama, sofá, pc...




Só porque hoje eu pulei pra caramba com o tri campeonato do Handebol feminino fiquei com as pernas doídas. [atleta pé de chinelo eu, hein?] ¬¬


Esses dias têm me feito pensar. Bom... Na verdade não preciso de MUITOS motivos pra pensar, minha mente vaaaaai e volta, vai longe... Ainda bem que nosso Deus é tão perfeito que nos deu a capacidade de não escutar pensamentos dos outros.


Esses tempos loucos, essa solidão... Leio umas páginas do meu livro de filosofia, nada entra na cabeça.

Me fez lembrar da minha infância. Eu era uma CDF intocável, perfeita. Ganhava estrelinhas na testa, carimbinhos no caderno, fazia minha mãe chorar de emoção nas reuniões, não saída de casa a não ser pra comprar uns doces na mercearia do Marcelo, que ficava do outro lado da rua. Todos têm a impressão de que suas infâncias foram perfeitas (isso se chama saudosismo), a minha nem tanto, mas eu aproveitei, e pasmem... Eu NUNCA joguei BETE. Era uma nerdinha com futuro, um pouco pressionada e com medo, mas eu era. Até o terror da coisa chamada recuperação, que aconteceu pela primeira vez este ano, é, sim... Uma tragédia. Inclusive, deveria aproveitar o tempo para resolver minhas listas de recuperação em MATEMÁTICA ao invés de ficar aqui me lamentando.

A história foi assim: Eu fazia (faço) as tarefas de casa SEMPRE, pode chover canivete, essa é uma prioridade minha. Então os pontinhos de conceito eu garantia até porque não tenho mais idade pra ganhar estrelinhas na testa e carimbinhos no caderno, mas nunca me desenvolvia nadinha nas provas de matemática, eu não sei o que acontecia... Parece que quando eu tocava naquelas folhas minha mente ficava bloqueada, então eu fazia umas merdas que sinceramente não dava pra entender.
O que me deixava (deixa) mais frustrada é que eu tenho que estudar o DOBRO que o Adri, pra poder titrar uma nota que talvez seja a metade da dele, que verdadeiramente é o mestre dos números. Já minhas aptidões aplicam-se em humanas.

Bem, o resultado disso foram 5.5 míseros pontos em matemática¬¬, uma nota não tão ruim comparada aos meus colegas hohhohohohohohoh x) (risada sarcástica), teve gente que conseguiu 3,5 ; 2,0... Mas eu não mereço ser comparada à isso. Já o Adri, bem... 8,5. ps.: Só ele, da minha sala não ficou de recuperação.


Ah, que vergonha.


Não posso esperar que as férias passem assim por mim, com muitas preocupações por não ter realizado o que eu pretendia até agora, não descansei a mente, descansei o corpo de tal maneira que até dói, mas amanhã... Ah, amanhã! Vai ser um bom dia, eu espero.
Mas não vão pensando que eu sou essa aluna relapsa, o mantra que minha mãe aplicou sobre mim ainda funciona, sou uma garota apenas responsável agora, não mais CDF como antes (infelizmente?). E...

UnB, me aguarde... Eu tô chegando!




quinta-feira, 19 de julho de 2007

Oh my God

Oh meu Deus, olhe só este lugar
Os dedos enlaçam em volta do osso
Você ordena pausa e ajusta o tom
Belos vôos, o futuro desmorona
Sobre a dor do presente.
Todo tolo diz: “oh meu Deus”
Oh meu Deus, porque temos tanto medo?
Fazemos pior quando não sofremos
Não há cura para a nossa enfermidade
Diga uma frase e se levante novamente
Ou finja que morreu e conte apenas para seu melhor amigo
Oh meu Deus
Oh meu Deus, posso reclamar?
Você tira de mim a minha segura fé e insere a minha alma em seu luto
Núpcias, navios e álibis
Todos dispersos e uma mãe a chorar
Mentirosos e tolos, filhos e fracassos
Os ladrões sempre vão dizer
Perdidos e achados, viajantes indispostos
Curandeiros sempre dizem
Promíscuos e anjos, homens com problemas
Retirantes sempre dizem
Aqueles com corações partidos, solitários
Os órfãos sempre dizem
Iniciantes de guerra, preconceituosos raciais
Pregadores sempre dizem
Pais que estão longe, combatentes vencido
Doadores sempre dizem,
Romeiros, viúvas solitárias
Usuários sempre dizem
Mães assustadas, céticos cautelosos
Salva-vidas sempre dizem
Comumente não consigo perdoar
E atualmente a misericórdia perfura profundamente
Se o mundo fosse como deveria, talvez
Eu conseguiria dormir um pouco
E enquanto me deito, sonho que somos melhores
Os padrões se vão e os rostos brilham
Quando acordamos, odiamos nosso irmão
Ainda nos esforçamos para machucar uns aos outros
Às vezes posso fechar meus olhos
E todo o medo que me mantém calado cai sob minha dificultada respiração
O que me torna tão mal resolvido?
Todos temos a chance de matar
Todos sentimos a necessidade de um milagre
E ainda queremos lembrar que a dor vale o despojo (trovejar)
Às vezes quando perco o controle, fico imaginando o que fazer sobre o céu
Todas as vezes que pensei em chegar lá em cima
Todas as vezes que tive que ceder
Bebês debaixo de seus berços
Hospitais que não podem cuidar das feridas que o dinheiro causa
Todo o conforto das catedrais
E o choro das crianças sedentas, esta é a nossa herança
E toda a ira de mães a velar, esta é a nossa maior ofensa

Oh meu Deus
Oh meu Deus
Oh meu Deus
Jars of Clay

Imagem de Jean Michel Basquiat

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Agora explico.

O nome do meu blog é PARADISE OF FEARS... Já almeijava criar um, mas meus nomes clássicos já tinham donos.




  • Jarsgirl


  • Theseordinarydays


  • Maybetomorrow


e outros... mas, blah... Deixemos de lado.





Um belo dia, escutando VIRTUD, uma musiquinha chamada Not Alone, escutei essa expressão.



Mas, como assim um paraíso de medos? Tá... Descobri o significado disso pra minha vida mesmo. Acho que apliquei-o também. Costumamos reclamar tanto... De tudo, de todos, das circunstâncias. Vivemos em um "paraíso" com medos que nós mesmos inventamos, barreiras que criamos para nossas próprias vidas. Falando de mim mesma, o medo de TENTAR, de não AGRADAR, de ser REJEITADA. Coisas assim.





"Take your broken dreams



Lost and left away



Where the silence lives



Where you meet the pain



Paradise of fears



Fire without a flame



Face without tears



Tears without shame"[...]




Pegue seus sonhos quebrados


Perdidos e deixados para trás


Onde o silêncio vive


Onde você conhece a dor


Paraíso de medos


Fogo sem a chama


Rosto sem lágrimas


Lágrimas sem a vergonha"







Mais ou menos assim.



:D

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mais uma...

Verdes equívocos


Quando li o livro “Dias & Dias” de Ana Miranda não sabia se ficava triste ou feliz pelo final. Ficava triste porque a história era quase a minha e feliz por ter lido antes do “resto” da sala e assim poderia ficar em infindáveis diálogos intelectuais com meu professor de Literatura enquanto eles faziam aula de leitura ou algo assim. =D




Ele mesmo disse que quando leu o livro lembrou-se de mim, pois Gonçalves Dias havia escrito um poema que, acidentalmente ou não, caiu nas mãos de Maria Feliciana. O poema falava de olhos verdes. Bem, meu olhos não são EXATAMENTE VERDES, acho que isso às vezes depende do meu humor. Exatamente. A minha dúvida era a mesma de Feliciana, pois os dela também não eram tão verdes assim, e ela pensava que o poema era para uma escrava. Que tristeza. Ela nunca descobriu se eram ou não, mas forçou-se a acreditar que sim.






Certo. Eu nunca recebi um poeminha sequer, ainda bem que essa dúvida não era comum entre nós duas. Outra coisa comum eram os encontros e desencontros. Ela o amava antes de se tornar poeta, ela conhecia o Antônio do seu Manoel, o dono da mercearia e não o Gonçalves Dias que todos nós conhecemos hoje. Eles NUNCA tiveram “contato”, o máximo ocorreu quando ela comprou um quilo de feijão verde na mercearia de seu Manoel, (Antonio ou Toinho, como diria o Fabrício a atendeu, embrulhou seu quilo de feijão) e no embrulho ela achou o poema. Pff... Que desanimador pra um romance! Só isso? [risos]
Depois ele foi embora pra estudar em Coimbra, voando como um sabiá. Ela ficou lá, imóvel como a palmeira. Fugiu pra Pernambuco na esperança de encontrá-lo...
Coisas em vão. O final não conto, pois tenho que criar expectativas para quem lê isso aqui, ler também o romance da Ana Miranda.
O meu amor é quase assim, Maria Feliciana amou Gonçalves Dias durante 28 anos, eu ainda tenho 26 anos pela frente para amar o “meu” poeta. Na verdade, ele não é tão meu assim. Mas é só pensar nele que a poesia surge. A minha poesia, sem métrica e com umas riminhas pobres, tadinhas. Diferente das dele, ele é compositor. Poeta. O meu amado poeta.
Ah... Como a nossa vida muda. São momentos.
Como eu ficava feliz de conversar com o Fabrício sobre a minha vida de Feliciana!





Fabrício: professor de literatura.
xD
Na verdade minha história não acabou ainda, espero que também não acabe como a de Feliciana.






Boa noite.