E você segura a minha mão
domingo, 29 de julho de 2007
Talvez possamos ficar.
E você segura a minha mão
sábado, 28 de julho de 2007
Saudade
Andei de bicicleta até o fim da quadra (onde dá pra ter uma visão liiinda de Taguatinga), sentei lá e fiquei escutando Matisyahu enquanto pensava na vida.
Voltei pra casa, dormi e voltei a fazer as minhas famosas pulseirinhas e cordões... Ah, bijuteria me acalma...
Aproveitando meu tempo, escrevendo, lendo...
Visitei a vovó hoje, visitei a velha casa, a velha cidade que antes parecia tanto comigo. Eu me fui e ficou um pedacinho de mim lá, e eu trouxe um pedacinho pra cá também. Ruim é pensar que o povo que eu via direto na rua e na igreja estão longe de mim, e pior ainda é ser uma visita na casa deles. ù.ú
E quando a gente (era?) criança, brincava lá na frente de casa de pique bandeira, queimada... Ah, era legal. Ficávamos com os pés sujos, roubávamos manga de uma casa abandonada na frente da minha, apostávamos corrida. E minha mãe sempre gritando com os meninos: CUIDAAAAADO!!!
Agora pensando como a vida é curta... Quem sou eu pra dizer isso? Apenas 15 anos nas costas. Sinto saudade daquele tempo, do cheirinho da terra molhada e a vista da janela do meu quarto, do pé de abacate, das conversas no do portão, da piscina de criança que a gente dava hiper saltos, dos meus banhos solitários de chuva, do brigadeiro na panela, do quintal molhado e dos nossos tombos, da cadela que morreu de pneumonia, do teto... Ele é diferente do teto da casa atual que nas minhas crises vivia escutando "Yesterday"... A água da chuva escorria pela janela, eu abria e deixava a chuva cair no meu rosto, saudade da cerâmica desigual, da pintura amarela (que eu odiava), da porta que não fechava, da varanda, das três cadeiras que ficavam lá, da casinha do cachorro, dos pôsters na quarto trazidos pelo meu Tio Ricardo (saudades dele que se foi também), dos amores, das amizades (que infelizmente não duraram) do café que esfriou enquanto eu esperava por alguém... O bolo virou biscoito, a pipoca virou borracha, a coca-cola perdeu o gás, e essa pessoa não veio.
Casa que trás lembranças... E saudade.
Meu Tio, ah meu tio... Doía falar dele. A morte sempre dói. O que mais me doeu foi esperar ele voltar do hospital pra eu poder dizer pra ele que nos havia passado um susto, e chamar ele de feio, bater nele e dizer que ele fingiu ter um desmaio, porque nem doente ele estava... Mas ele não pôde voltar. Até hoje não se sabe o que causou a morte dele. Ele estava deitado no sofá, suspirou, desmaiou... Foi pro hospital, depois desse dia não o vi mais, nem me lembro de como foram os dias depois deste, era 30 de junho, eu acho. Não queria falar com ninguém, nem queria dormir no meu quarto, ia pro colégio, mas eu estava dormente, estática. Meu aniversário passou e eu não pude vê-lo lá pra me zuar, ele também não pôde comemorar o próprio aniversário de 24 anos.
Ele dizia: "Você é um monstro!" com a voz fina do biscoitinho do filme do Sherek, criticava as minhas músicas, escutava RAP =P... Aquela casa também tem a cara dele, boa época em que ele veio morar conosco.
A gente se pergunta e se admira como a vida muda.
É assim que se aprende, a gente cesce, a vida passa.
sábado, 21 de julho de 2007
Crazy times.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Oh my God
Imagem de Jean Michel Basquiat
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Agora explico.
- Jarsgirl
- Theseordinarydays
- Maybetomorrow
e outros... mas, blah... Deixemos de lado.
Um belo dia, escutando VIRTUD, uma musiquinha chamada Not Alone, escutei essa expressão.
Mas, como assim um paraíso de medos? Tá... Descobri o significado disso pra minha vida mesmo. Acho que apliquei-o também. Costumamos reclamar tanto... De tudo, de todos, das circunstâncias. Vivemos em um "paraíso" com medos que nós mesmos inventamos, barreiras que criamos para nossas próprias vidas. Falando de mim mesma, o medo de TENTAR, de não AGRADAR, de ser REJEITADA. Coisas assim.
"Take your broken dreams
Lost and left away
Where the silence lives
Where you meet the pain
Paradise of fears
Fire without a flame
Face without tears
Tears without shame"[...]
Pegue seus sonhos quebrados
Perdidos e deixados para trás
Onde o silêncio vive
Onde você conhece a dor
Paraíso de medos
Fogo sem a chama
Rosto sem lágrimas
Lágrimas sem a vergonha"
Mais ou menos assim.
:D
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Mais uma...
Quando li o livro “Dias & Dias” de Ana Miranda não sabia se ficava triste ou feliz pelo final. Ficava triste porque a história era quase a minha e feliz por ter lido antes do “resto” da sala e assim poderia ficar em infindáveis diálogos intelectuais com meu professor de Literatura enquanto eles faziam aula de leitura ou algo assim. =D
Ele mesmo disse que quando leu o livro lembrou-se de mim, pois Gonçalves Dias havia escrito um poema que, acidentalmente ou não, caiu nas mãos de Maria Feliciana. O poema falava de olhos verdes. Bem, meu olhos não são EXATAMENTE VERDES, acho que isso às vezes depende do meu humor. Exatamente. A minha dúvida era a mesma de Feliciana, pois os dela também não eram tão verdes assim, e ela pensava que o poema era para uma escrava. Que tristeza. Ela nunca descobriu se eram ou não, mas forçou-se a acreditar que sim.
Depois ele foi embora pra estudar em Coimbra, voando como um sabiá. Ela ficou lá, imóvel como a palmeira. Fugiu pra Pernambuco na esperança de encontrá-lo...
Coisas em vão. O final não conto, pois tenho que criar expectativas para quem lê isso aqui, ler também o romance da Ana Miranda.
O meu amor é quase assim, Maria Feliciana amou Gonçalves Dias durante 28 anos, eu ainda tenho 26 anos pela frente para amar o “meu” poeta. Na verdade, ele não é tão meu assim. Mas é só pensar nele que a poesia surge. A minha poesia, sem métrica e com umas riminhas pobres, tadinhas. Diferente das dele, ele é compositor. Poeta. O meu amado poeta.
Ah... Como a nossa vida muda. São momentos.
Como eu ficava feliz de conversar com o Fabrício sobre a minha vida de Feliciana!
xD
Na verdade minha história não acabou ainda, espero que também não acabe como a de Feliciana.