quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Toda história tem um fim, mas na vida todo fim é um começo.

2009, mermão.
Venci a depressão, passei no vestibular, emagreci 3 quilos, deixei a franja crescer, me apaixonei por Terapia Ocupacional, amadureci muito, ganhei novos e lindos amigos, chorei muito, sorri mais ainda, escrevi meus melhores textos, encontrei um Cristianismo divergente pra minha vida: sem igrejas, ministérios ou denominações.
Vivi todas as emoções mais intensas nesses 365 dias. Senti saudade. Saudade de quem tava perto e ficou longe, saudade de quem tá perto mas que não vejo por motivos que nem sei dizer. Fiz loucuras, agi por impulso. Fiquei suja de tinta e farinha. Conheci gente vegetariana. Aprofundei no feminismo, sem pseudos. Viajei. Andei descalço na grama, na lama. Me vesti de flores. Jubosos 18 anos. A vida é toda nova agora, é isso não é promessa de fim de ano, é realidade.

Só me resta cantar, com a licença de Jon Foreman:

Rafa was a fighter
Rafa era uma guerreira
She cut like Casius Clay
Ela batia como Casius Clay
She burned like a fire
Ela queimava como fogo
Despite these rains
A despeito dessas chuvas
Where time was a question
Quando o tempo era uma interrogação
She only knew one song:
Ela só sabia uma canção
She's singing, "how far, how fast, how long?"
Ela cantava: "O quão distante, o quão rápido, quanto tempo?"

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Eu sei explicar o movimento de contração do tecido estriado do coração.
Poderia falar da actina, miosina, tropomina, tropomiosina, liberação de cálcio e ATP. Poderia falar da ligação neuromuscular, da acetilcolina e das cisternas terminais. Nessa matéria eu tirei dez.
Eu sei como funciona.
Mas eu não entendo porque funciona assim comigo.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

It's just another day, nothing in my way.

Sobre a omissão, me desculpo. O tempo escorre por entre os dedos, devorando as coisas. E a caracterizo somente como omissão, silêncio. Uma lacuna se abre sobre o "quem sou eu", melhor caracterizado como "quem estou eu". Vejo tudo por aquela porta sempre entreaberta. Decidi silenciar, guardar um pouco. Para mim, para você.





Keane explica melhor que eu poderia.