terça-feira, 20 de julho de 2010

A minha Ana


A chamo de minha porque a carrego comigo a cada segundo dos dias mais belos ou tristes. Ana é
um nome tão bonito! Nome mulheril, poético, monossilábico e tão gostoso de se pronunciar! Uma sereia de longos cabelos; uma moça no banco da praça; caravelas em seu cabelo, uma mulher na mesa de fundo de um bar quase sumindo por entre a fumaça dos charutos. Ela exprime o mistério e a gostosura de ser "Ana". Que torna tudo tão sutil e bonito com apenas palavras doces e moderadas. Ana, a extensão de mim envelhecida, a intelectual, amante de Drummond, a nobre, sonhadora, escritora a galgar os escorcéus, a senhora na janela, a moça, a menina, a minha. Miranda.

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