quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Marrie Aine em : Um Conto de Fadas

Caso não saibam que é Marrie Aine, farei um pequeno resumo.
Marrie Aine foi uma personagem que criei há algum tempo atrás. Ela foi protagonista de 3 contos humorísticos, irônicos e pseudoromânticos. Mas acabou sozinha.
Quem tiver cusriosidade em lê-los, procure no arquivo.


Marrie estava sobrevivendo. Aos poucos tentava superar tudo.
Certo dia, no metrô "nosso de todos os dias" estava ela, sentada, esperando para ir à faculdade quando de longe avistou um príncipe encantado, isso mesmo! Era um príncipe.
Ele não vinha montado num cavalo branco, nem ao menos num pônei branco... Nem de bicicleta ele vinha... Mas vinha caminhando com um sorriso timidamente aberto e a barba por fazer, levando consigo alguns livros e o cansaço latente.
Marrie não piscava. Marrie era uma idota. Uma idiota vivendo o começo de uma possível história de amor (?) platônico. O mais puro dos platônicos.
Então todos os dias seguiam-se com um ar de euforia, troca de olhares e, logicamente (já que estamos falando de Marrie) muitos tombos. Afinal, Marrie andava com a cabeça nas nuvens. Agora, então... Mais ainda. Marrie não era capaz de olhar para qualquer outro ângulo em que o desconhecido príncipe não estivesse, e isso rendeu-lhe quedas em escadas, ruas, esquinas, etc etc etc.
Certo dia, o metrô estava em greve.
Marrie não tinha outro meio de ir para a faculdade, então ficou no metrô à espera de um milagre.
E o milagre veio. Veio com um sorriso timidamente aberto oferecendo-lhe carona.
Pela primeira vez o príncipe desconhecido havia trocado palavras singelas com Marrie.
Eles foram para a fculdade no carro do pai do príncipe desconhecido. Nenhuma palavra trocada durante o caminho, afinal, Marrie estava no carro de dois desconhecidos.
Ela olhava ao seu redor como quem acordava de um sonho. Percebeu o cheiro do carro, que tinha uma essência de morango e fitinhas penduradas no retrovisor.
Disse obrigada e foi embora.
Quando o carro virou a esquina, mil pulos ela deu! Era aquele o momento mais marcante! As borboletas em seu estômago saíam pela boca e voavam ao redor dela, as pernas crentes de abarcar o mundo.
Mas nem o nome dele ela sabia.
Os dias passaram-se e nada mudou. Mesmo depois da carona "encantada" ambos não tiveram coragem de comunicar-se. Marrie até tentou, mas quando chegava perto dele, desmaiava ou tinha um ataque de risos. Ele só olhava como quem guardasse os mais profundos pensamentos sobre ela. Pensamentos esses que poderiam ser: "Que gracinha, ela é tão desajeitada." ou "Que louca, ela é tão desajeitada."
Marrie não sabia. Seu coração apertava.
Mais uma vez embarcando naquele sentimento que a fez de boba; mais uma vez afundando, caindo, tropeçando de amores ; mais uma vez sendo Marrie.

Um comentário:

Andre Brazoli disse...

Vou te ensinar a colacar marcadores no seu blog, para não ter que ficar procurando um assunto como os seus contos sobre Marrie.

Segundo, usar a termologia de "amor platônico" é errado, sabia que Platão só acreditava no amor que poderia ser consumado e para ele o unico amor era a filosofia/conhecimento... rs [aulas de filosofia na facul me serviram para algo].

Que bom que a Marrie está de Volta, mas gostaria de saber o que aconteceu com o Jhon.

Vou acreditar que desta vez ela poderá encontrar esse príncipe e viver [nem que só por uma noite] a felicidade.