quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mais uma...

Verdes equívocos


Quando li o livro “Dias & Dias” de Ana Miranda não sabia se ficava triste ou feliz pelo final. Ficava triste porque a história era quase a minha e feliz por ter lido antes do “resto” da sala e assim poderia ficar em infindáveis diálogos intelectuais com meu professor de Literatura enquanto eles faziam aula de leitura ou algo assim. =D




Ele mesmo disse que quando leu o livro lembrou-se de mim, pois Gonçalves Dias havia escrito um poema que, acidentalmente ou não, caiu nas mãos de Maria Feliciana. O poema falava de olhos verdes. Bem, meu olhos não são EXATAMENTE VERDES, acho que isso às vezes depende do meu humor. Exatamente. A minha dúvida era a mesma de Feliciana, pois os dela também não eram tão verdes assim, e ela pensava que o poema era para uma escrava. Que tristeza. Ela nunca descobriu se eram ou não, mas forçou-se a acreditar que sim.






Certo. Eu nunca recebi um poeminha sequer, ainda bem que essa dúvida não era comum entre nós duas. Outra coisa comum eram os encontros e desencontros. Ela o amava antes de se tornar poeta, ela conhecia o Antônio do seu Manoel, o dono da mercearia e não o Gonçalves Dias que todos nós conhecemos hoje. Eles NUNCA tiveram “contato”, o máximo ocorreu quando ela comprou um quilo de feijão verde na mercearia de seu Manoel, (Antonio ou Toinho, como diria o Fabrício a atendeu, embrulhou seu quilo de feijão) e no embrulho ela achou o poema. Pff... Que desanimador pra um romance! Só isso? [risos]
Depois ele foi embora pra estudar em Coimbra, voando como um sabiá. Ela ficou lá, imóvel como a palmeira. Fugiu pra Pernambuco na esperança de encontrá-lo...
Coisas em vão. O final não conto, pois tenho que criar expectativas para quem lê isso aqui, ler também o romance da Ana Miranda.
O meu amor é quase assim, Maria Feliciana amou Gonçalves Dias durante 28 anos, eu ainda tenho 26 anos pela frente para amar o “meu” poeta. Na verdade, ele não é tão meu assim. Mas é só pensar nele que a poesia surge. A minha poesia, sem métrica e com umas riminhas pobres, tadinhas. Diferente das dele, ele é compositor. Poeta. O meu amado poeta.
Ah... Como a nossa vida muda. São momentos.
Como eu ficava feliz de conversar com o Fabrício sobre a minha vida de Feliciana!





Fabrício: professor de literatura.
xD
Na verdade minha história não acabou ainda, espero que também não acabe como a de Feliciana.






Boa noite.

2 comentários:

Andre Brazoli disse...

A escritora deste livro está(va) aqui pra participar de uns debates sobre livros de leitura obrigatoria no vestibular, quando falaram o nome dela na tv lembrei de você na hora.

Esperar 28 anos por uma amor eu não sei se aguentaria, talvez esse amor ainda tenho que aprender como manter, eu sei que tem só uma pessoa que meu quando penso nela meu coração faz tum tum, mas eu nem sei onde ela anda esses dias, queria saber, mas esses dias eu estou adepto das sua filosofias de ficar só.

Você quer um poeminha!? se quiser eu escrevo só não vai fazer o mesmo efeito se você recebesse o poema dpo seu poeta.

Essa é uma historia real!? pelo jeito que você escreve parece que é.

flw e sorte no seu blog.

Raquel disse...

hummm... fiquei curiosa agora.quem será o seu poeta/compositor ?

o livro parece interessante, quem sabe eu leia quando terminar o meu "a divina comedia dos mutantes"
recomendo esse livro inclusive, caso você se interesse por mutantes.