sábado, 23 de abril de 2011

Tem espaço

Sobrou espaço pra você, pro seu sorriso e pra sua piada. Sobrou espaço no espaço do medo. Tem espaço entre as suas palavras indecifráveis, tem espaço no mistério que fica no ar.
Você me assalta os sonhos de uns tempos pra cá. Posso eu ter saudade de algo que nunca tive realmente?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Brasília

Nasci aqui. Sob o céu, o sol e a seca. No meio do cerrado. Deve ser por isso que sou imensa e seca também.

domingo, 3 de abril de 2011

A gente não pode

A gente não pode fazer sexo antes de casar
A gente não pode comer o tanto que quer, não pode engordar
A gente não pode ter dinheiro pra não se endividar
E se a gente não pode ter filhos, se recusa a adotar
A gente não pode adoecer, não pode cansar
A gente não pode viver e não pode se suicidar
A gente não pode acreditar em Deus e se questionar
A gente não pode ler o que quer, só estudar
A gente não pode se entregar
Não pode amar e não pode demonstrar
E não pode ficar com raiva quando alguém te magoar
E a gente não pode sair de casa sem se maquiar
A gente não pode perder tempo
Não pode se apaixonar


Mas eu quero.

sábado, 2 de abril de 2011

Sobre a leveza da vida

Meu coração está triste desde ontem quando recebi a notícia do falecimento da Pâmela. Eu não a conhecia muito bem, não éramos amigas; mas eu conhecia bem seus ideais e sua luta, conhecia seu carisma e seu astral, conhecia sua boa vontade seu discurso otimista como uma rosa que nasce na rachadura do asfalto.
A Faculdade de Ceilândia, em sua luta, perdeu uma grande força.
A ideia de um paraíso e de vida eterna foge da minha compreensão, mas se alguém o merecia, era a Pâmela, que na arte do cuidar, deixou colegas com saudades.

Liberte-se de seu coração, de sua respiração, de sua dor e voe... Agora você está livre, Pâmela.