domingo, 27 de setembro de 2009

Ele & Eu

Poema dedicado a um grande amigo
(escrito em 2008 com o mesmo amor de hoje)
Você é morte
Sou vida
Vazio que inebria
Nosso destino? A sorte
Sentimentos recíprocos
Verdes equívocos
Estranhas dualidades
Castanhas sinceridades
Compassiva ironia
A alegria do meu dia
Alma de poeta
Verso e prosa
Vida completa
Singela como uma rosa
Seu nome é tão doce... Poderia suspirar e dizê-lo mil vezes: Wes-ley

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Coisas que descobri sozinha.

" Ora, o servo não fica para sempre em casa; o filho fica para sempre " João 8:35
E foi isso que o Caio disse domingo passado. Um domingo de sal nos olhos.
O servo vive na casa, participa da cotidiano; porém não se envolve, quando as coisas complicam ele foge.
O filho permanece. Em chuva ou sol.
Assim são as igrejas. Tão cheias de servos! Aqueles que nascem, crescem, batizam, recebem um "ministério" e não há nada além disso. Naturalmente seguem seus rituais quando seus corações não lhes dizem nada a respeito de fé.
O filho permanece PARA SEMPRE. Ele sim. Por isso é filho.
Por quanto tempo fui apenas serva? Dias e noites "forçando a barra" com Deus e comigo mesma. Um evangelho de prisões, de negações, de reforço em coisas vãs quando o real objetivo havia sido esquecido.
Há tão pouco tempo me sinto como filha! Segura, para sempre.
Tenho aprendido.
Em minhas recentes orações, pedia a Deus que me tornasse uma pessoa melhor, mais forte. Ora, quem disse que Deus descerá do Céu e atenderá seu pedido? Pérfida ilusão! Deus é tão engenhoso! Tão perfeito! Ele não me deu força, nem me tornou melhor. Apenas me deu oportunidades para exercitar minha força, para tratar meu colega como quem trata um irmão apesar de achar que ele não mereça ser tratado como tal. E eu descobri: sou forte! Algumas pessoas haviam me dito isso antes, mas tive que descobrir por conta própria. Sou forte! Sou bem melhor do que eu ontem mais amanhã que hoje até!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O subentendido às vezes é o mais óbvio.

O que seria a vida se não uma sucessão de acidentes? O fato da Terra estar perto o suficiente do Sol para se aquecer e distante o suficiente para não se queimar, de Feliciana ter comprado seu quilo de feijão verde e encontrado um pequeno poema que falava de olhos verdes, o fato de Feliciana ter olhos verdes, e de apenas 1-2% da população mundial possuir olhos verdes.
Seria ela então? A dona daqueles olhos verdes-mar? Olhos cor de esperança? Olhos por que morreu Gonçalves Dias?
O subentendido talvez seja o mais óbvio. O menos complicado de entender. O melhor para se compreender e silenciar. Deixar, encontrar nas palavras do outro no seu além-mar.



Minha canção é amor
Amor para aqueles que não tem amor para mostrar
E assim as coisas vão
Você não precisa ficar só

Seu coração é duro
É feito de pedra
É é muito difícil enxergá-lo
Você não precisa ficar só
Você não precisa ficar só
E eu não vou cobrar
Nem dizer quer que você entendeu errado
Você é o alvo em que eu estou mirando
Eu recebi aquela mensagem

Minha canção é amor
Minha canção é amor desconhecido
E eu estou apaixonado por você claramente
Você não precisa ficar só
Você não precisa ficar só

E eu não vou cobrar
Nem dizer quer que você entendeu errado
Você é o alvo em que eu estou mirando
Eu não sou nada sozinho
Eu tenho que levar essa mensagem para casa
E eu não vou ficar aqui e esperar
Não vou deixar isso, até que seja tarde demais
Em uma plataforma eu vou ficar e dizer:
"Eu não sou nada sozinho"
E "Eu amo você, por favor venha para casa"

sábado, 12 de setembro de 2009

Sobre gatos, cachorros e pessoas.

Conheci um cara na faculdade que partilha da mesma paixão que eu: cachorros. Conversamos bastante sobre essa e outras paixões, então ele me contou sobre uma paixão que se foi. Eu disse a ele que algumas pessoas são gatas, ora! Não bonitas, mas Felis silvestris catus. Todos sabem como é aquele bichano fofo, de olhos profundos e extremamente carente. Você se apega, o leva para casa e dá carinho, comida e aconchego. Ele passa os dias na rua e volta para comer e dormir. O cachorro chega (não o sem-vergonha, o Canis lupus familiaris) e te olha com olhar de abandonado. Você o dá carinho, comida e aconchego. Ele retribui. Você sai de casa por 15 minutos e quando volta ele fica feliz como se você tivesse viajado, enquanto o gato está pela rua. Está chovendo, mas quando o cachorro te escuta abrir o cadeado do portão, ele nem se importa se vai se molhar ou se a água é fria, ele corre pra te ver, mostrar todo o carinho que sente por você - mesmo que te suje de lama e te molhe também. O gato, fica na sala, espreguiçado no sofá, muito confortável pra te notar.
Assim são as pessoas. Pessoas-gato e pessoas-cachorro. As pessoas-gato pensam em seu banhos de sol enquanto as pessoas-cachorro pensam em seu dono, pensam em sua comida e aconchego enquanto as pessoas-cachorro pensam a quem agradecer por isso.
De qualquer forma, ninguém é 100% gato ou cachorro. As pessoas são complicadas, imprevisíveis. A começar por nós mesmos.
Ninguém resolve nada culpando o outro. O nome disso é fuga. E quem gosta de fugir são os gatos. Então, se sua paixão-gato te deixou, quem sabe um dia ela volte quando perceber que as ruas não têm comida e aconchego, ou nem volte se deixar-se apaixonar pela liberdade e pelo perigo.
E se sua paixão-cachorro te deixou, aaaaaah, ela deve estar louca te procurando!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Panegírico.

Gosto de ti, não te procuro, só a noite quando estou só
Está sempre presente em mim
Já não luto contra o luto nem amputo meus impulsos
Desmaio aos devaneios noturnos, soturnos das vontades
Quando estou só, imagino você, não vejo as cores
Nem sinto o cheiro, mas me inundo de desejos

Não posso tocá-la, porque está além dos meus olhos
Somente sua presença em minha alma

Se estivesse aqui adormeceria em seus braços

Autor especial (:

sábado, 5 de setembro de 2009

O quase amor.

O amor? Aaah, o amor. Aquele que não é de coisas pequenas, de rimas fajutas e efemeridade. O amor é de coisas grandes, espetáculos pirotécnicos, acrobacias de aviões em forma de corações no céu. De efemeridade, talvez. De intensidade que transforma o efêmero em eterno.
Vim falar do quase amor hoje. Esse que me faz sorrir com a visão de um arco-íris, que acumula sal nos olhos sem motivos óbvios e que anda nu pela rua.
Sensação de quase amor, de insignificâncias numa vida tão prematura. Não importa o quanto você faça penteados diferentes, entre em academias, compre artigos de decoração, mude seu guarda-roupa... Quando recosta sua cabeça no travesseiro à noite fica pensando como poderia ter sido bom, no que falhou, como poderia ter agido de maneira diferente. A vida é mais turva no fechar de olhos.
Deve ser por isso que eu espero pelo amanhã.


"[...]Cantando a canção com seus pés no painel
O cigarro fluindo pela noite
Essas são as coisas que eu quero lembrar
Eu quero me lembrar de você
Isso não voltará de novo
Porque o amor é o fim
Não, meu amigo
O amor é o fim

Eu tirei as minhas roupas e corri para o oceano
Procurando algum lugar para começar de novo
E quando eu estava me afogando naquelas águas sagradas
Tudo em que eu conseguia pensar era em você
Oh, meu amigo
Amor é o fim
Então, não vamos fingir
Porque o amor é o fim [...] "