quarta-feira, 15 de abril de 2009

Le ciel dans une chambre

Que eu não manjo nada de francês, todo mundo sabe.
Mas aprecio o que não domino também. Essa música me diz muito agora.

Quand tu es près de moi,
Cette chambre n'a plus de parois,
Mais des arbres oui, des arbres infinis,
Et quand tu es tellement près de moi,
C'est comme si ce plafond-là,
Il n'existait plus, je vois le ciel penché sur nous... qui restons ainsi,
Abandonnés tout comme si,
Il n'y avait plus rien, non plus rien d'autre au monde,
J'entends l'harmonica... mais on dirait un orgue,
Qui chante pour toi et pour moi,
Là-haut dans le ciel infini,
Et pour toi, et pour moi

Quando estás aqui comigo
Esse quarto não tem mais paredes
Mas árvores, árvores infinitas
E quando tu estás perto de mim
Este teto, violeta, não
Não existe mais, e vejo o céu sobre nós
Que permanecemos aqui, abandonados como se
Não houvesse mais nada, mais nada no mundo,
Toca a harmônica, me parece um órgão
Que canta para você e para mim
Em cima na imensidão do céu
E para você e para mim
E para você, e para mim.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Título?

Cansei-me de tentar arranjar um motivo óbvio para tudo. Por que será que eu nunca aceito as coisas como são e pronto? Esse estilo contestador e reflexivo me mata em doses homeopáticas quase sempre.
Hoje estive no colégio em que estudei numa visita rápida para pegar o certificado de conclusão do ensino médio (lê-se carta de alforria), e lá encontrei meu muso, minha paixão platônica desde nosa primeira aula... Aaaaah! Fabrício Augusto Gomes.
Ele sabia e sabe tudo pelo que tenho passado, e ao encontrar-me recebi um aconchegante abraço seguido de certas confissões não muito agradáveis para ouvir. Ouvi-as então.
Consigo respirar agora. Consigo visitar aquele lugar de tanta dificuldade e más lembranças. E ainda consigo sorrir!
Depois de tudo dito, feito e acabado estou aqui destilando solidão e derrota. Por algum motivo. Não sei.
Gostaria de saber o que quero agora. Gostaria de ter alguém querido por perto para recostar minha cabeça e dizer coisas inúteis. E nem gostaria de ouvir conselhos, só sentir a presença.
Sei que nada mais importa como antes... Meus dias tem passado longos e cheios de suspense, às vezes gosto disso, outras não.
Quem fará alguma coisa se não eu?
Chega de ter pena. De sentir-me a escória. De fingir.
Quero que tudo mude. Não sei como, nem quando, nem o que farei para isso. Mas quero que mude.
Fabrício diz que o que não mata fortalece. Embora estejamos quase mortos. Se ainda não morremos estamos nos fortalecendo. Viver é para quem tem coragem!

Enfim, essa introdução não foi planejada, mas o poeminha abaixo foi.
Deixo ele para vocês, e saibam que é uma criação muito "tchuco-tchuco" que escrevi com carinho:

E agora, meu bem
Que faremos depois de tudo dito?
Ficaremos em silêncio ou forçaremos um sorriso?
A noite vem
E o céu está avermelhado
Onde estás, se não ao meu lado?
Sonhas? Vives?
Meus dias só começam quando
Apareces e dizes "Oi"
E só terminam quando
Dormes...
Um beijo da pseudoescritora, e se cuidem!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Jesus Cristo que conheço.

Esse texto foi escrito para o concuro "Baixem suas armas" da comunidade Earthen Vessels.
Escrevi pensando sobre muitos momentos em que tive raiva da hipocrisia dos "santos". Inspirei-me em Caio Fábio e Paul Tilich.

Ele, que não apedrejou ninguém
Que apenas disse Vá e não peques mais
Ele, que não rejeitou o publicano
Mas repousou em sua casa
Ele, que na hora de sua morte
Disse ao ladrão: Ainda hoje, amigo
Estarás comigo no paraíso
Ele, que é misericórida, não só juízo
Que nem sempre interveio
Mas sempre esteve comigo
Que nem sempre mostrou-se
Mas sempre fez-me enxergar
Ele, esse a quem conheço
Ele, a quem eu espero.